Doriana Silva, a residir em Toronto, pretende ser "recompensada" pela empresa Ashley Madison pelo que denomina de "enriquecimento injusto" às suas custas, e pretende ainda mais um milhão de dólares para os danos morais e gerais.
No texto das alegações iniciais, a imigrante brasileira referiu que foi "contratada para ajudar a lançar a versão em português do site", tendo-lhe sido pedido para criar "mil perfis falsos de mulheres" para o novo site da Ashley Madison, dando-lhe apenas três semanas para completar o trabalho.
De acordo com a queixa, para registar os perfis foi necessário "digitar muito no teclado do computador" e Doriana Silva ficou com diversas dores nos pulsos e antebraços.
No entanto, a empresa "ignorou as queixas", bem como o seu "pedido para descansar o pulso". "A dor foi um fator de impossibilidade de Doriana Silva continuar a desempenhar o seu trabalho. Desde então, em 2011, que não consegue trabalhar", refere a queixa.
Nas alegações, a imigrante sustenta que a empresa se recusa a conceder uma compensação ou seguro aos seus trabalhadores, contrariando a legislação em vigor. "As lesões de Doriana são permanentes e o seu prognóstico é incerto", vem também mencionado no documento.
O processo foi arquivado no ano passado, mas um juiz do Tribunal Superior reabriu o processo.
Para justificar o elevado valor da indemnização, o advogado de Doriana Silva, Paul Dollak, alega que este tipo de compensações é calculado em função das receitas da empresa com o trabalho da funcionária.
Por isso, Doriana Silva está a "procurar o dinheiro ganho nos perfis que foram criados por ela", diz.