O reforço da ajuda, que inclui o dinheiro enviado pelo Governo sul-coreano e também por organizações humanitárias locais, tem lugar não obstante o agudizar da tensão entre os dois países após o terceiro teste nuclear levado a cabo por Pyongyang.
A Presidente sul-coreana, Park Geun-hye, no poder desde fevereiro, mantém a postura de desassociar a ajuda humanitária ao povo norte-coreano da conjuntura política entre ambos os Governos.
Apesar de a Coreia do Sul não ter planos para enviar diretamente alimentos para o Norte, está a ser equacionada a possibilidade de oferecer fundos a organizações privadas para que o façam, segundo revelou fonte do Governo sul-coreano citada hoje pela agência Yonhap.
Quinze organizações sul-coreanas, incluindo a Eugene Bell Foundation e a Korea Sharing Net, enviaram, ao longo deste ano, ajuda avaliada em 430 milhões de wones (cerca de 3 milhões de euros), o que representa pouco mais de 24% do total.
O restante montante foi fornecido pelo Governo -- incluindo donativos a organizações internacionais como a Organização Mundial de Saúde ou a Unicef --, segundo dados publicados pelo Ministério da Unificação de Seul.
A Coreia do Norte vive em permanente crise económica desde os anos 90, altura a partir da qual se estima que terão morrido de fome cerca de dois milhões de pessoas, o que fez com que Pyongyang ficasse dependente da ajuda externa para alimentar a sua população.