Presidente da Ucrânia apela à paz e à calma no país

O Presidente da Ucrânia, Viktor Ianoukovitch, apelou hoje à paz e à calma no país, após os vários protestos provocados pela recusa do Governo de Kiev de assinar um acordo de associação com a União Europeia (UE).

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© Reuters

Lusa
25/11/2013 18:50 ‧ 25/11/2013 por Lusa

Mundo

Viktor Ianoukovitch

"Quero que a paz e a calma guiem a nossa grande família ucraniana", declarou Ianoukovitch, numa mensagem de vídeo, divulgada na página oficial da Presidência ucraniana na Internet.

Na mesma mensagem, o chefe de Estado garantiu que nunca tomaria uma decisão "em detrimento da Ucrânia e do seu povo".

Perto de um milhar de manifestantes concentrou-se hoje em frente à sede do governo em Kiev para protestar contra a recusa de assinar um acordo de associação com a União Europeia, o que coloca - na opinião dos pró-europeus -- a Ucrânia nas mãos da Rússia.

A polícia ucraniana acabou por dispersar os manifestantes pró-europeus com granadas de gás lacrimogéneo.

No domingo já se tinha registado confrontos entre a polícia e manifestantes. Após o fim do protesto, alguns manifestantes permaneceram junto da sede do governo, na presença de um importante dispositivo policial.

O líder do partido de oposição Oudar, o campeão mundial de boxe Vitali Klitschko, juntou-se aos manifestantes e pediu que se mantivesse a pressão contra o regime do presidente Viktor Ianukovitch até à cimeira da Parceria Oriental da UE, na quinta e sexta-feira, durante a qual estava prevista inicialmente a assinatura do acordo de associação entre a Ucrânia e os 28.

Na semana passada, o governo ucraniano decidiu inesperadamente renunciar à assinatura deste acordo histórico entre esta antiga república soviética e a UE.

A oposição acusou o governo de ter cedido à pressão de Moscovo, que tinha claramente advertido Kiev das consequências comerciais de um acordo com a UE.

A manifestação de domingo, que concentrou dezenas de milhares de manifestantes na praça da Independência, no centro de Kiev, foi a maior concentração desde a "revolução laranja" pró-ocidental em 2004.

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