"Estamos aqui para protestar contra a proibição do Islão em Angola. Ouvimos rumores de que não é verdade, mas as demolições e encerramento de mesquitas mostram que os irmãos muçulmanos são oprimidos", afirmou à Agência Lusa Abu Shafehi, um dos líderes do grupo.
Na origem do protesto estão notícias de que o Ministério da Justiça angolano indeferiu o pedido obrigatório de legalização de 194 organizações religiosas, entre as quais a da comunidade muçulmana.
O ativista muçulmano britânico manifestou-se convencido de que "Angola quer fazer parte da guerra ao terrorismo" e prevê mais protestos de comunidades muçulmanas noutros países.
"Os ditadores angolanos devem deixar os muçulmanos praticar e a sua fé e autorizar a lei 'sharia' (a lei islâmica tradicional) no país", defendeu.
O único manifestante angolano, Cadu Teixeira, disse à Lusa que os muçulmanos não foram respeitados.
"Não se faz, deitar abaixo mesquitas depois de deixar construir", afirmou.
Esta, na sua opinião, é uma questão política: "Não é só em relação aos muçulmanos que tem de mudar, é o presidente da República que tem de mudar".
A manifestação foi convocada através das redes sociais e de mensagens telefónicas e a hora marcada para coincidir com o fim da oração de sexta-feira numa mesquita próxima.