Os números foram avançados pelo diretor provincial do Ministério da Assistência e Reinserção Social, Mateus Ndelipupio, citado hoje pela agência Angop.
Segundo aquele responsável, a escassez de água e pasto provou a morte de 50.956 bovinos, 2.658 caprinos, 2.021 suínos e ainda de 83 cavalos.
Ndelipupio descreveu como "desoladora" a situação daquela população pastorícia, que tem o gado como fonte de rendimento.
Em outubro, em declarações à Lusa, o governador da província do Cunene, António Didalelwa, tinha afirmado que a seca estava a afetar em toda a região cerca de dois milhões de cabeças de gado, com uma média de 30 mortes por dia.
Para fazer face à situação, os criadores estão a levar o gado para locais de maior concentração de capim, onde vão permanecer até a renovação do pasto.
Mateus Ndelipupio referiu ainda que o Governo traçou um programa de ajuda alimentar às famílias afetadas, ou seja, meio milhão de pessoas, e distribuiu motobombas para a prática de horticultura, mais de 220 toneladas de fertilizantes e 800 charruas.
Há cerca de uma semana, o ministro da Saúde angolano, José Van-Dúnem, numa visita que efetuou àquela província e também à da Huíla, disse que foram reabilitadas no município da Cahama, no Cunene, algumas chimpakas (reservas artesanais de água) e inaugurados pontos de abeberamento para o gado.