Rússia fez "pressão indevida" para Ucrânia romper acordo
O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou hoje que a "pressão" da Rússia sobre a Ucrânia para não assinar o acordo comercial com a União Europeia é "indevida", mas disse esperar que essa opção possa "vir a ser revista".
© Lusa
Mundo Diplomacia
O chefe da diplomacia portuguesa falava aos jornalistas no quartel-general da NATO, em Bruxelas, à margem da reunião ministerial de Negócios Estrangeiros que termina hoje à tarde.
Questionado sobre os confrontos dos últimos dias em Kiev, Rui Machete disse que Portugal subscreve a declaração dos ministros da NATO, aprovada na terça-feira, a condenar o uso da violência e a apelar à moderação e considerou que o tema do acordo comercial não está "completamente encerrado".
"Há a ideia de que se vão proporcionar condições para que mais tarde essa opção possa ser revista, a Ucrânia é um país europeu, que tem manifestado muito interesse em aproximar-se da União Europeia", assinalou Machete, que defendeu que a pressão Moscovo foi "indevida".
Uma centena de manifestantes ucranianos favoráveis ao processo de integração europeia tentou hoje bloquear a sede do Governo, em Kiev, capital da Ucrânia, que desde o fim de semana tem sido palco de confrontos com as forças de segurança e milhares de ucranianos.
Na terça-feira, o primeiro-ministro ucraniano veio pedir desculpa, no parlamento, pela violência da repressão policial aos protestos contra a decisão do Governo da Ucrânia de abandonar os planos para um acordo político e comercial com a União Europeia.
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