Prostitutas de Zurique denunciam continuada repressão policial

As prostitutas de Zurique apelaram hoje às autoridades da cidade para porem cobro ao clima de repressão policial de que dizem ser vítimas desde que abriu, há quatro meses, a primeira 'caixa de sexo' criada para segurança das trabalhadoras.

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Lusa
05/12/2013 11:18 ‧ 05/12/2013 por Lusa

Mundo

Segurança

Cerca de 200 prostitutas enviaram, com o apoio de organizações como o Exército de Ajuda contra a SIDA, uma carta à câmara de Zurique pedindo que acabe com o "clima de insegurança e medo" que prevalece nas ruas, de acordo com o relato da AFP.

No final de agosto, Zurique criou um sítio específico para que os automobilistas pudessem recorrer aos serviços das prostitutas de forma segura, a chamada 'caixa de sexo', proibindo também a prática da prostituição fora deste local conhecido pela prática da prostituição.

As profissionais deste ramo, no entanto, dizem que a situação piorou, tornando-se "precária" porque enfrentam uma "contínua e aumentada repressão policial", na medida em que "se são suspeitas de tentarem angariar clientes na rua, são presas e retiradas da área" segura, ficando "isoladas e, portanto, mais vulneráveis à exploração e violência".

Para além da denúncia, as profissionais do sexo em Zurique reclamam também regras menos apertadas para a instalação de bordéis e a criação de uma nova área de prostituição na rua.

Em agosto, Zurique inaugurou este espaço, que tem nove "sex boxes" para prostitutas e respetivos clientes.

"A prostituição é basicamente um negócio. Não a podemos proibir, portanto queremos controlá-la a favor das profissionais do sexo e da população", afirmou então à AFP Michael Herzig, diretor municipal dos serviços sociais para trabalhadoras do sexo. "Porque, se não a controlarmos, o crime organizado e os proxenetas tomarão conta", acrescentou.

O espaço discreto, protegido por vedações altas, e onde imperam regras claramente definidas, custou aos cidadãos de Zurique 2,1 milhões de francos suíços (1,6 milhões de euros) e os custos de operação serão da ordem dos 700 mil francos ao ano.

Os clientes devem ter mais de 18 anos, entram um por viatura, e estão instalados botões de alarme para prevenir eventuais violências ou atender a urgências.

Por detrás da vedação existe um percurso em círculo, onde os clientes escolhem e negoceiam os preços com a prostituta em que estiverem interessados.

A criação destes espaços foi aprovada em referendo este ano pelos suíços.

 

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