Nelson Mandela tinha deixado há anos as celas da prisão sul-africana onde esteve durante 27 anos e cumprido o seu mandato presidencial, mas os Estados Unidos ainda o mantinham numa lista negra, apesar do estatuto de um dos estadistas mais respeitados do mundo que tinha conquistado, após se ter tornado no primeiro Presidente negro da África do Sul.
Até há cinco anos, Mandela e os outros líderes do Congresso Nacional Africano estavam na lista de vigilância de terroristas devido à sua luta armada contra o regime apartheid.
Quando o nome de Mandela foi retirado, o então senador, e atual secretário de Estado norte-americano, John Kerry, manifestou-se satisfeito pela decisão porque considerava que o líder histórico sul-africano "não tinha lugar na lista" que impedia, por exemplo, a sua entrada nos Estados Unidos.
Agora, a América rende-se à figura internacional de Nelson Mandela, e Barack Obama, o primeiro Presidente negro dos Estados Unidos, decretou luto até segunda-feira e prestou homenagem a Mandela como uma figura ímpar da História da Humanidade.
A morte de Nelson Mandela, aos 95 anos, foi anunciada pelo Presidente da República da África do Sul, Jacob Zuma, numa comunicação televisiva.
Líder da luta contra o "apartheid", foi o primeiro presidente negro da África do Sul, entre 1994 e 1999.