Morsi está ainda acusado de ter fugido da prisão de Wadi Natroun e será julgado juntamente com 132 outros arguidos, dos quais 70 são membros do movimento islâmico palestiniano Hamas e xiita libanês Hezbollah.
Os procuradores afirmaram que os militares da Irmandade Muçulmana, à qual pertence Morsi, do Hamas, do Hezbollah e dos jihadistas atacaram prisões e postos de polícia nos primeiros dias da revolta de 2011.
Os ataques provocaram a morte de polícias e possibilitaram a libertação de milhares de detidos.
Detido após a sua destituição, a 03 de julho, Morsi está a ser julgado atualmente por cumplicidade na morte de manifestantes quando exercia o cargo de Presidente do Egito.
Esta semana, a agência Mena anunciou que o deposto Presidente deverá ser julgado igualmente por "espionagem" para perpetrar "ações terroristas", implicando o Hamas e grupos jihadistas.
Morsi foi o primeiro Presidente egípcio democraticamente eleito e acabou por ser deposto pelo exército.
Desde então, mais de 1.000 pessoas, na sua maioria islamitas, foram mortas em confrontos com a polícia nas ruas e milhares acabaram por ser presas.
Entretanto, o tribunal acusou Ahmed Shafiq, rival de Morsi nas eleições de 2012, pela prática de crimes de corrupção.