Morsi vai ser julgado por homicídio de oficiais

O ex-Presidente egípcio Mohamed Morsi, destituído em julho pelo exército, vai ser julgado pela morte de oficiais durante a revolta em 2011, que levou ao fim do regime de Hosni Mubarak, anunciaram hoje os procuradores encarregados do processo.

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Lusa
21/12/2013 11:32 ‧ 21/12/2013 por Lusa

Mundo

Egito

Morsi está ainda acusado de ter fugido da prisão de Wadi Natroun e será julgado juntamente com 132 outros arguidos, dos quais 70 são membros do movimento islâmico palestiniano Hamas e xiita libanês Hezbollah.

Os procuradores afirmaram que os militares da Irmandade Muçulmana, à qual pertence Morsi, do Hamas, do Hezbollah e dos jihadistas atacaram prisões e postos de polícia nos primeiros dias da revolta de 2011.

Os ataques provocaram a morte de polícias e possibilitaram a libertação de milhares de detidos.

Detido após a sua destituição, a 03 de julho, Morsi está a ser julgado atualmente por cumplicidade na morte de manifestantes quando exercia o cargo de Presidente do Egito.

Esta semana, a agência Mena anunciou que o deposto Presidente deverá ser julgado igualmente por "espionagem" para perpetrar "ações terroristas", implicando o Hamas e grupos jihadistas.

Morsi foi o primeiro Presidente egípcio democraticamente eleito e acabou por ser deposto pelo exército.

Desde então, mais de 1.000 pessoas, na sua maioria islamitas, foram mortas em confrontos com a polícia nas ruas e milhares acabaram por ser presas.

Entretanto, o tribunal acusou Ahmed Shafiq, rival de Morsi nas eleições de 2012, pela prática de crimes de corrupção.

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