Duarte Marques pediu na Ucrânia a libertação dos presos políticos

O deputado do PSD Duarte Marques discursou hoje numa manifestação em Kiev, na Ucrânia, onde expressou a sua solidariedade pelo "trabalho pacífico" da oposição na aproximação do país à União Europeia e apelou à libertação dos presos políticos.

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Lusa
22/12/2013 15:50 ‧ 22/12/2013 por Lusa

Mundo

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Duarte Marques foi convidado pela organização da manifestação de hoje a discursar, "em representação dos jovens e dos parlamentos nacionais" que têm apoiado o desejo da sociedade ucraniana de integrar a União Europeia, e em nome do Partido Popular Europeu (PPE), a família política europeia dos partidos da oposição ucraniana, ajudou hoje a entregar, num gesto simbólico, mil bandeiras da União Europeia aos participantes do protesto.

"Vim trazer uma mensagem de solidariedade pelo trabalho que estão a fazer, e de forma pacífica. Sendo de um país como Portugal, que é exatamente a fronteira oposta da Europa, vim demonstrar que apesar de termos línguas diferentes, credos religiosos, economias e culturas diferentes, há um conjunto de valores que partilhamos. Não deixa de ser curioso que numa fase em que a Europa é tão contestada internamente exista uma manifestação na Ucrânia com cerca de 250 mil pessoas a favor da União Europeia", disse à Lusa o deputado social-democrata, em declarações telefónicas a partir de Kiev.

Duarte Marques revelou também que, no seu discurso, apelou à libertação dos presos políticos na Ucrânia, cujo rosto mais conhecido é Iulia Timochenko, a ex-primeira-ministra do país.

"Há três jovens que foram condenados porque empunharam um cartaz com a cara do presidente, mas voltado para baixo. Acho que só na Coreia do Norte é que alguém é condenado por uma coisa destas. Isso criou muita revolta nas pessoas", disse o deputado português.

Duarte Marques contou que assistiu a uma manifestação de um país unido, com milhares de pessoas vindas de várias cidades, com diferentes religiões, estratos sociais ou idades, havendo desde "os mais velhos que viveram sob dominação russa, aos mais novos, que já fazem 'Erasmus Mundus' (programa de intercâmbio no ensino superior da União Europeia)".

"Vejo partidos diferentes e vejo até gente do partido do Governo aqui, porque também defendem a aproximação da Ucrânia à União Europeia. Não vejo um país dividido, vejo um país muito pró-europeu. Vejo cantores, diretores de universidades, vejo aqui um país quase todo. A praça está completamente cheia, e ela é enorme", descreveu, sublinhando a forma ordeira e pacífica como têm decorrido as manifestações.

Milhares de ucranianos protestam há mais de semanas contra a decisão do governo de abandonar os planos para um acordo político e comercial com a União Europeia.

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