No passado dia 05 de dezembro, o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou a intervenção militar da França e de uma força africana visando restabelecer a ordem naquele país.
De acordo com o Conselho da União Europeia, a decisão inclui certas exceções para equipamentos militares destinados exclusivamente à Missão para a Consolidação da Paz na República Central Africano (MICOPAX), a missão Africana em apoio da República Centro-Africana (Misca) e as tropas francesas implantadas no país.
Na última cimeira europeia de quinta e sexta-feira, os líderes da UE concordaram que os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28 estudassem em janeiro as opções para uma missão da UE na República Centro-Africana.
Nas próximas semanas, a Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Catherine Ashton, vai preparar uma proposta, descrita como uma resposta às reclamações de maior solidariedade pela França, que mandou 1.600 soldados para o país para apoiar as tropas africanas que procuram restabelecer a ordem político-militar.
O Governo de Paris já recebe apoio logístico de vários parceiros, mas o Presidente francês, François Hollande, considera que a transformação de uma missão operacional sob a bandeira europeia permitiria o acesso ao financiamento comum.
Atualmente, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Polónia, Espanha e Holanda têm fornecido à missão francesa aviões de transporte, enquanto a maioria dos Estados membros deram o seu apoio político à operação.
A crise na República Centro Africana começou a 24 de março, quando a capital foi tomada pelos rebeldes Séléka, que assumiram o poder e um Governo liderado pelo líder rebelde, Michel Djotodia.
Os confrontos entre rebeldes Séléka (muçulmano) e as milícias cristãs de autodefesa "anti-Balaka" originaram um conflito religioso, que fizeram até agora, pelo menos, mil mortes e 600 mil deslocados, segundo a Amnistia Internacional.