De acordo com o jornal britânico "The Guardian", seis meses depois de a China ter banido a sopa de tubarão dos banquetes oficiais, o preço [das barbatanas de tubarão] caiu entre 20% a 30% em Hong Kong e em Macau, bem como noutros grandes mercados.
O jornal noticia que alguns restaurantes conhecidos pela sopa de tubarão alteraram os menus e outros encerraram, enquanto as companhias aéreas e os hotéis deixaram de servir esta sopa.
Em junho de 2013, o Conselho da União Europeia (UE) adotou um regulamento que acaba com as exceções que permitem cortar barbatanas de tubarões nos navios, de que beneficiam as frotas portuguesa e espanhola, com o voto contra de Portugal.
A prática de 'finning' - que consiste em aproveitar as barbatanas dos tubarões e rejeitar as restantes partes, que são atiradas ao mar - é proibida na UE desde 2003, mas a legislação em vigor até junho permitia algumas exceções.
Posteriormente a esta decisão, em dezembro último, as autoridades chinesas decidiram banir a sopa de barbatana de tubarão das receções oficiais, esperando que esta proteção se alargue a outras espécies ameaçadas.
O Conselho de Assuntos do Estado (Governo) e o comité central do Partido Comunista chinês (PCC), órgão dirigente do país, publicaram uma diretiva que proíbe "servir pratos com barbatana de tubarão, ninhos de andorinha e produtos provenientes de animais selvagens nos jantares e receções oficiais".
A sopa de barbatana de tubarão é considerada, há séculos, uma iguaria na China e o preço atinge níveis muito elevados nos mercados, nomeadamente em Hong Kong.
Esta tradição levou à pesca desenfreada de tubarões em todo o mundo. As barbatanas são cortadas, em animais ainda vivos que são, em seguida, lançados mutilados ao mar, acabando por morrer.
Nos últimos anos, sob a pressão de organizações não-governamentais e instituições internacionais, um número crescente de personalidades chinesas, hotéis e restaurantes declararam renunciar à sopa de barbatana de tubarão.