Conter os custos dos inquéritos realizados para decidir beatificar ou canonizar alguém é uma prioridade do Vaticano.
Para tomar a decisão de declarar uma pessoa beata ou santa realiza-se longos questionários e são processos morosos, recorrendo a diversos peritos - nomeadamente a médicos quando se trata de reconhecer os milagres - e as deslocações são por vezes caras.
Além disso, muitas vezes são processos que geram desigualdades. Por exemplo, os de anulação de casamentos, nos países mais ricos ocidentais, são favorecidos em relação à causa de um santo, enquanto um inquérito para avaliar a santidade de um sacerdote ou de um laico num país pobre de África tem poucas hipóteses de ser concluído, salvo se for apoiado e ajudado financeiramente.
Tendo em conta estes fatores, foi decidido instaurar uma grelha tarifária para conter os custos dos mesmos.
Para o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, o Cardeal Angelo Amato, trata-se de uma decisão inspirada "num conceito de moderação e equidade” para que não existam "desigualdades entre as diferentes causas".
O responsável tem apelado aos donativos para ajudarem a financiar as “causas pobres", sublinhando que o Papa quer "a aposta no valor da santidade de sacerdotes e de laicos".