Um dia após ser conhecido que testou positivo ao novo coronavírus, o estado de saúde de Donald Trump está a ser falado em todo o mundo e até a causar alguma confusão. Este sábado, a equipa médica que está a tratar o presidente norte-americano apresentou, em conferência de imprensa, uma imagem bastante otimista sobre a recuperação de Trump.
"Estamos extremamente satisfeitos com os progressos que o presidente fez. Há já mais de 24 horas que o presidente não tem febre e a sua última saturação registada era de 96%, não precisou de oxigénio”, explicou Sean Conley.
Contudo, logo de seguida, reporta o The New York Times, o chefe de gabinete da Casa Branca disse aos jornalistas que os sinais vitais de Trump no último dia foram "muito preocupantes" e que este não está fora de perigo. Pedindo para não ser citado, Mark Meadows contrariou a versão mais otimista dos médicos e alertou que "os próximos dois dias seriam cruciais".
Estas declarações foram atribuídas a uma fonte anónima com conhecimento da situação. Contudo, momentos depois, foi divulgado um vídeo em que é possível ver o chefe de gabinete da Casa Branca dirigir-se aos jornalistas, pedindo-lhe para falar em 'off', e a quem o New York Times atribui as declarações.
Pouco tempo depois desses comentários, Meadows disse, em declarações à Reuters, que "o Presidente se encontrava muito bem".
As mensagens contrárias aumentam a incerteza sobre como realmente se encontra Donald Trump. Durante a conferência de imprensa, os médicos recusaram-se a fornecer detalhes importantes, incluindo quando o Presidente foi testado negativamente pela última vez. Dado que é fundamental para saber exatamente quando e como o Presidente foi infetado.
UPDATE: Immediately after the press conference ended and before the anonymous statement was sent out, Mark Meadows briefed reporters without cameras—but he was caught on a feed asking to be off the record. pic.twitter.com/JyrhSmu1Y0
— Olivia Nuzzi (@Olivianuzzi) October 3, 2020
Ao The New York Times, duas fontes próximas da Casa Branca garantiram que na sexta-feira o presidente teve dificuldades respiratórias, decorrentes da infeção pelo novo coronavírus, o que levou a que tivesse de receber oxigénio suplementar e de ser transportado para o hospital de helicóptero.
Durante a conferência de imprensa de hoje, o médico Sean Conley frisou que enquanto esteve com a sua equipa, Donald Trump não esteve a oxigénio, mas recusou comentar se já tinha estado.
Vários colaboradores do Presidente dos Estados Unidos, que se encontravam nos bastidores do primeiro debate entre Donald Trump e Joe Biden, que ocorreu na madrugada da passada quarta-feira, estão, a par de Trump, infetados com o novo coronavírus.
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