Três cadáveres, entre os quais o de um jovem de 15 anos, com marcas de tiros, foram levados para uma mesquita do bairro Bégoua 3, na saída norte de Bangui, segundo jornalistas da agência France Presse.
A Cruz Vermelha centro-africana, por seu turno, disse ter recolhido os corpos de quatro homens mortos com arma branca.
Os habitantes daquele bairro acusaram os militares franceses da operação Sangaris de terem disparado sobre os três homens durante uma busca.
O exército francês confirmou um incidente no final do dia de quarta-feira com homens armados, mas negou qualquer relação com as mortes.
Os quatro cadáveres recolhidos pela Cruz Vermelha eram cristãos, segundo a organização não-governamental.
Vários habitantes cristãos afirmaram terem sido atacados pelos combatentes muçulmanos Séléka.
Desde março de 2013, quando o presidente François Bozizé foi derrubado pela coligação Séléka, dirigida por Michel Djotodia, a República Centro-Africana entrou numa espiral de violência intercomunitária e inter-religiosa.
Djotodia, o primeiro Presidente muçulmano deste país maioritariamente cristão, demitiu-se na semana passada por pressão internacional e o parlamento transitório prepara-se para eleger um Presidente interino.
Mas a situação continua tensa e a União Africana apelou na quarta-feira para mais tropas serem enviadas para a missão internacional no país, a Misca, cujo dispositivo integra atualmente 4.400 homens, quando deveria atingir os 6.000.
