Na terça-feira, o Governo tailandês instaurou o estado de emergência por 60 dias em Banguecoque e duas províncias adjacentes que, entre outras possibilidades, permite às autoridades decretarem o recolher obrigatório, censurar meios de comunicação ou acabarem com reuniões de mais de cinco pessoas.
Quase três meses após o regresso dos protestos à capital tailandesa, um movimento liderado por Suthep Thaugsuban, um antigo vice-primeiro-ministro do Partido Democrata, quer ver o executivo de Yingluck Shinawatra afastado do poder e instaurar um conselho popular que introduza mudanças antes de realizar, em 12 ou 14 meses, eleições gerais.
"Em alusão aos 60 dias de estado de emergência anunciados pelo Governo tailandês e tendo em conta os mais recentes desenvolvimentos da situação vivida em Banguecoque, o GGCT aconselha aos residentes de Macau a adiarem os seus planos de viagem para Banguecoque", refere a nota oficial publicada hoje.
As autoridades relembram ainda aos residentes de Macau que se encontrem em Banguecoque a "estarem atentos ao desenvolvimento da segurança local, a tomarem as necessárias precauções tendo em conta a sua segurança pessoal e a evitarem os locais onde ocorram manifestações".
Dados da indústria turística de Macau indicam não estar atualmente qualquer grupo excursionista local na capital tailandesa.
O gabinete alerta ainda os residentes de Macau que podem, em caso de necessidade, utilizar a linha direta do Turismo ou contactar a embaixada da China em Banguecoque.
As manifestações em Banguecoque já provocaram cerca de meio milhar de feridos e a morte a pelo menos nove pessoas.
A Tailândia é nesta época do ano em que se celebraram os feriados do natal e, este ano no final de janeiro, estão marcadas as festividades do Ano Novo Lunar, a principal tradição das famílias chinesas, um dos principais pontos de destino, sendo que, além das zonas de praia, também há muitas famílias que aproveitam para visitar a capital do "país dos sorrisos".