"A IGAD aprovou uma resolução autorizando o envio de 5.500 soldados para o Sudão do Sul. Alguns países já aceitaram enviar tropas, outros estão a analisar a questão", declarou Amina Mohamed a jornalistas.
Segundo a responsável, aquela força deve fiscalizar um eventual cessar-fogo entre o exército sul-sudanês leal ao Presidente Salva Kiir e as tropas fiéis ao seu antigo vice-presidente Riek Machar, demitido em julho, envolvidos em confrontos desde 15 de dezembro.
No entanto, sem adiantar quaisquer prazos, Amina Mohamed referiu que as tropas serão destacadas mesmo que os beligerantes não cheguem a um entendimento para depor as armas.
Estão a decorrer negociações em Addis Abeba, sob a égide da IGAD, e os mediadores apresentaram recentemente às partes dois projetos de texto para um cessar-fogo, mas os confrontos continuam no Sudão do Sul.
O Uganda, membro da IGAD, admitiu oficialmente em meados deste mês que soldados ugandeses, cujo número não precisou, participavam nos combates ao lado do exército sul-sudanês e contra as forças pró-Machar.
Uma cimeira extraordinária da IGAD esteve prevista para quinta-feira em Juba, mas foi anulada 48 horas antes, explicando a diplomacia sul-sudanesa que isso se devia à proximidade da cimeira da União Africana, no final de janeiro, que analisará a crise no Sudão do Sul.
Os confrontos já causaram milhares de mortos e obrigaram cerca de meio milhão de pessoas a abandonar as suas casas.
A IGAD integra o Djibuti, a Eritreia, a Etiópia, o Quénia, a Somália, o Sudão e o Uganda.