O Alto Comissariado das Nações Unidas (ACNUR) na capital da Indonésia disse que, caso de se confirmarem os maus tratos, o governo australiano deve dar início a uma "investigação urgente".
Camberra já negou "veementemente" as acusações sobre os maus tratos alegadamente cometidos pela Marinha de Guerra que obrigou a embarcação onde seguiam os refugiados a voltarem para o ponto de partida na Indonésia, no princípio do mês.
Os passageiros, na maior parte oriundos do continente africano, pretendiam estatuto de refugiado na Austrália mas foram obrigados a regressar à Indonésia de onde tinham partido a bordo de um navio em direção ao Pacífico sul.
O assunto tornou-se polémico depois da estação de televisão australiana ABC ter noticiado que 10 indivíduos receberam tratamento médico após a intervenção naval da Austrália.
De acordo com a ABC, sete homens apresentavam queimaduras nas mãos, supostamente por terem sido obrigados a segurarem um tubo incandescente na casa das máquinas do navio.
O ministro da Imigração do governo de Camberra, Scott Morrison disse que a Marinha de Guerra australiana não está envolvida em casos de maus tratos e que acredita nas garantias dos militares.
Em 2013, o ACNUR criticou abertamente a existência do centro de detenção australiano para imigrantes e refugiados por não garantir condições nem respeitar as convenções internacionais.