Confederação de Estados Africanos pode ser realidade em 2051

A presidente da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini Zuma, previu hoje a constituição de uma confederação de Estados africanos e, dentro de 40 anos, uma união monetária no continente.

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Lusa
26/01/2014 16:06 ‧ 26/01/2014 por Lusa

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Nairobi, 26 jan - A presidente da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini Zuma, previu hoje a constituição de uma confederação de Estados africanos e, dentro de 40 anos, uma união monetária no continente.

Zuma expôs a sua visão sobre o futuro político e económico do continente africano e reviu os principais desafios da UA até 2063 numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros que decorreu este fim de semana em Bahir Dar, no noroeste da Etiópia.

Em 2063, ano do centenário da organização criada em 1963 como Organização da Unidade Africana, Zuma acredita que já terá sido constituída a Confederação de Estados de África, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

"A integração e a unidade é a única forma que África tem de aproveitar a sua vantagem competitiva", defendeu, adiantando que se África fosse um país em 2006, seria a décima economia mundial.

"No entanto, em vez de atuar como um país que conta com praticamente todos os recursos naturais do mundo (na terra, no mar, minerais, energia) e mais de mil milhões de pessoas, atuamos como 55 pequenos e fragmentados países", lamentou.

A presidente da UA defendeu a necessidade de se iniciar um debate sobre a forma política que o continente deve adotar, na sua opinião uma confederação, que previu poder ser uma realidade em 2051.

Segundo Zuma, a união política será precedida de uma integração económica, numa eventual Comunidade Económica de África a partir de 2034, que promoverá o crescimento dos mercados africanos, o controlo sobre os recursos naturais e a livre circulação das pessoas.

A harmonização das qualificações educativas e profissionais decorrerá da crescente integração e o mercado africano poderá transformar-se em 20 anos na "terceira maior economia do mundo", liderando setores como a mineração, finanças, agroalimentar, turismo, farmacêutico ou da moda, prognosticou.

Estes objetivos estão presentes na denominada "Agenda 2063", apresentada para "estimular e unir na ação todos os africanos em torno de uma visão comum de uma África pacífica, integrada e próspera", explicou Zuma.

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