A responsável pela política externa e de segurança da União Europeia (UE) deverá promover reuniões com a oposição e as autoridades de Kiev que irão prolongar-se até quarta-feira, referiu a porta-voz Maja Kocijancic, sem avançar outros detalhes.
A visita segue-se a informações sobre um eventual plano de ajuda financeira à Ucrânia promovido pela UE, Estados Unidos e Fundo Monetário Internacional (FMI), após a eventual aprovação de reformas políticas e a formação de um novo governo em Kiev.
O Departamento de Estado norte-americano também já admitiu que decorrem reuniões sobre esta questão. O anúncio de uma importante ajuda ocidental ocorreu após os encontros de sábado, em Munique, dos chefes da oposição ucraniana com altos responsáveis ocidentais.
Um dos líderes da oposição ucraniana, Arseni Iatseniuk, pediu uma ajuda de 11 mil milhões de euros, comparável aos 15 mil milhões de euros em créditos disponibilizados pela Rússia no âmbito de um acordo aduaneiro entre os dois países vizinhos.
Catherine Ashton não forneceu qualquer indicação sobre o montante dos fundos eventualmente disponíveis.
No entanto, e em declarações à agência noticiosa AFP, um diplomata da UE reconheceu que será muito difícil para os ocidentais "chegar à altura da oferta russa".
Ashton já se deslocou a Kiev em diversas ocasiões para contactos com dirigentes da oposição e com o Presidente Viktor Ianukovich, que no final de novembro suspendeu um acordo de associação com a UE em troca de uma aproximação à Rússia, uma decisão que deu origem à atual vaga de contestação.