"Na sequência da legítima comoção suscitada internamente pela tatuagem de um simpatizante da Frente Nacional de Châteauroux (centro), foi decidido que Bastien Durocher não figurará na lista da União Azul Marinho (Rassemblement Bleu Marine)", disse Matthieu Colombier, cabeça de lista local, num comunicado citado pela agência France Presse.
Durocher, 25 anos, aparece numa fotografia com uma tatuagem no braço esquerdo que reproduz o brasão da divisão Charlemagne das Waffen-SS, constituída por voluntários franceses do lado dos nazis durante a Segunda Guerra Mundial.
Numa primeira reação, na quinta-feira, Matthieu Colombier tinha afirmado "não retirar a confiança" a Durocher e mantê-lo como candidato na lista.
O agora ex-candidato afirmou ao diário regional La Nouvelle Republique que a tatuagem foi um "erro da juventude", de quando "tinha 19 anos", e acrescentou já ter marcado uma sessão, "para 04 de março", para "retirar a tatuagem".
As fotografias foram divulgadas pela página "Resistência Antifascista do Indre", nome do departamento em que se situa Châteauroux, grupo que frequentemente denuncia as opiniões racistas do candidato, como o incitamento à morte de muçulmanos e de estrangeiros.
"Não se deve entender tudo no sentido literal", defendeu-se Durocher.
Mais de um terço (34%) dos franceses afirma aderir "às ideias da Frente Nacional", um número em constante aumento nos últimos 30 anos, segundo um barómetro de imagem do partido publicado esta semana.