"Contámos os mortos e o número de vítimas eleva-se a 60 mortos (...) mas o balanço ser ainda maior", declarou o chefe da polícia Lawal Tanko, sobre o ataque de quarta-feira, sublinhando que os bombardeamentos da aviação nigeriana em represália causaram um grande número de baixas entre os rebldes.
"Não sei dizer quantos rebeldes foram mortos, mas o número é elevado", afirmou Tanko.
A força aérea enviou, da base na capital do estado de Borno Maiduguri (a cerca de 60 quilómetros de Bama), caças para pôr fim ao ataque rebelde e lançou bombas sobre os combatentes em fuga, acrescentou.
Residentes disseram que os rebeldes entraram na localidade cerca das 04:00 (03:00 em Lisboa), na quarta-feira, com armas pesadas e lançaram explosivos contra vários edifícios, forçando a população a fugir para os arredores.
Há mais de quatro anos que o estado de Borno está no centro da rebelião armada islamita do Boko Haram.
Os últimos incidentes no nordeste da Nigéria surgiram depois do líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, ter ameaçado alargar a rebelião à região do Delta do Níger, no sul do país, zona de petróleo.
Desde 2012, Shekau fez várias ameaças idênticas, em vídeos, muitas das quais não foram concretizadas. As autoridades desconhecem se o líder extremista, declarado terrorista global pelos Estados Unidos, tem capacidade para alargar as ações do Boko Haram além do bastião do grupo, no nordeste da Nigéria.
O Boko Haram já matou milhares de pessoas no norte e centro do país desde 2009. O objetivo do movimento rebelde é criar um estado islâmico no norte da Nigéria.