O Tribunal de Appeal, em Inglaterra, está a julgar um caso no qual uma mãe é acusada de ser responsável por danos cerebrais da filha de seis anos, por ter ingerido grandes quantidades de álcool durante a gravidez, embora estivesse ciente de que isso não era saudável.
Nos últimos três anos registou-se um aumento de 50% do Síndrome Alcoólico Fetal, com 313 crianças a serem afetadas pela exposição ao álcool ainda no útero da mãe. O departamento de saúde do país verificou também que um em cada 100 bebés nasce com desordens relacionadas com a exposição ao álcool. Perante estes dados, o país pondera passar a ser crime beber álcool durante a gravidez.
O psiquiatra Raja Mukherjee alerta para o fato de não haver uma noção exata da quantidade de álcool que pode interferir com o bem-estar do feto, pelo que o melhor é manter-se afastada de bebidas alcoólicas.
“Uma pessoa que beba apenas uma pequena quantidade de álcool não significa que vá afetar a sua criança, mas se quer garantir a segurança da criança, o melhor é não beber mesmo nada”, aconselha.
Glen, uma jovem de 15 anos, é outro dos exemplos das consequências que a ingestão de álcool pode originar. A jovem foi identificada com problemas físicos que lhe afetaram a visão e a mobilidade depois de a mãe ter consumido álcool durante a gravidez.
Susan Fleisher, fundadora da associação de solidariedade NOFAS-UK, acredita que devem ser tomadas mais medidas para alertar as mães, mas que acusá-las de crime não é solução. Em vez disse deviam ser-lhes cedidas mais informações.
