Ataques atribuídos ao Boko Haram matam pelo menos 74

Ataques ocorridos no sábado e atribuídos ao grupo radical islâmico Boko Haram mataram pelo menos 74 pessoas no nordeste da Nigérias, disseram hoje várias fontes.

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Lusa
02/03/2014 13:56 ‧ 02/03/2014 por Lusa

Mundo

Nigéria

Segundo testemunhas, homens armados suspeitos de pertencerem aos Boko Haram mataram 39 pessoas num ataque no sábado a uma aldeia no nordeste da Nigéria. Quando os habitantes se preparavam para as orações do final da tarde, dezenas de homens com uniforme militar invadiram Mainok, a cerca de 50 quilómetros de Maiduguri, utilizando espingardas automáticas "kalashnikov" e granadas.

O ataque ocorreu ao mesmo tempo que um duplo atentado na cidade de Maiduguri, feudo do Boko Haram, que causou entre 35 mortos e 50 mortos.

"Continuamos a contar, até agora temos 35 corpos", declarou hoje o chefe da polícia do Estado de Borno, Lawal Tanko, à agência France Presse (AFP).

Um habitante que participou nas operações de socorro em Maiduguri disse ter ajudado "a polícia e os soldados a transportarem 50 corpos para o hospital de Sani Abacha".

O homem, que não quis ser identificado, adiantou que alguns dos corpos retirados eram de mulheres e de crianças.

Segundo testemunhas, as duas explosões ocorreram ao final da tarde sábado, com alguns minutos de intervalo, no bairro de Gomari, na estrada que liga Maiduguri, capital do Estado de Borno, considerado o feudo do Boko Haram.

O atentado ainda não foi reivindicado, mas os islamitas do Boko Haram têm multiplicado os ataques letais nos estados do nordeste do país (Adamawa, Borno e Yobe), colocados em estado de emergência em maio de 2013 e alvo de uma ofensiva das forças armadas nigerianas.

Desde o início da ofensiva militar, em maio último, a violência já provocou cerca de 1.500 mortos, segundo dados da ONU e um balanço da AFP.

Criado em 2009 em Damaturu, capital do Estado de Yobe, o Boko Haram é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e procura instaurar um estado islâmico no norte da Nigéria de maioria muçulmana, ao contrário do sul, onde predominam os cristãos.

 

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