"A Ucrânia vai selar uma associação com a UE, mas vamos fazê-lo de forma a que haja paz. O nosso objetivo é [ter] uma Ucrânia em paz e próspera", garantiu o mandatário durante a sexta Cimeira Europeia das Regiões e Cidades, que termina na capital grega, Atenas.
Em novembro, o anterior presidente ucraniano, Víktor Yanukóvich, negou-se a assinar, no último momento, um acordo de comércio livre com a UE, o que gerou grandes protestos em Kiev que acabaram por levar à queda do executivo.
"Quando o anterior presidente não quis firmar o acordo de associação, vimos como milhares e milhares de pessoas agitavam a bandeira europeia mostrando a sua afeição à ideia europeia. Mais de cem pessoas morreram por estes valores. Acredito que devemos ajudá-los o máximo possível", explicou Barroso.
Por isso, o presidente da Comissão Europeia expressou a sua "solidariedade política" com o novo governo de coligação ucraniano, o que se vai traduzir num apoio financeiro de 11 mil milhões de euros, de créditos do Banco Europeu de Investimento e do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, e num mecanismo de assistência macroeconómica para ajudar a regularizar as contas de Kiev.
Barroso garantiu que Bruxelas não tem "nenhuma ambição adicional" na assinatura da Ucrânia, a não ser a prosperidade da Ucrânia: "Deixámos claro aos russos que a associação com a Ucrânia não se faz para ir contra os seus interesses", acrescentou.
Ao mesmo tempo, o líder europeu disse que "não é aceitável no século XXI" que haja uma secessão como a que foi anunciada pela república autónoma da Crimeia com o apoio de Moscovo.
"Não respeitar a integridade territorial não é aceitável e terá consequências", advertiu Durão Barroso, apesar de ter prometido uma solução "negociada e pacífica".