Na semana passada, a África do Sul anunciou que tinha detetado a nova variante e dezenas de países suspenderam os voos para a África Austral, incluindo o Zimbabué.
O presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, impôs medidas rigorosas na terça-feira, incluindo uma quarentena de 10 dias em todas as chegadas ao país, uma prorrogação do recolher obrigatório existente e a exigência de apresentar provas de vacinação no acesso a bares ou clubes.
Apesar disto, um primeiro caso da variante Ómicron foi detetado na quinta-feira, e as infeções têm vindo a aumentar acentuadamente nos últimos dias.
Tal como na África do Sul, um surto recente entre estudantes parece ter-se espalhado amplamente.
O país registou 1.042 novos casos nas últimas 24 horas, em comparação com cerca de 20 novos casos há 15 dias.
É provável que estes números sejam subestimados devido a testes limitados e a um sistema de saúde fragilizado.
"Estamos novamente num período particularmente perigoso", advertiu o ministro da Saúde, Constantino Chiwenga.
A exigência de quarentena causou preocupação entre os muitos zimbabueanos que migram para a África do Sul e que normalmente regressam a casa para as férias de Natal.
O Zimbabué registou 136.379 infeções por covid-19 desde março de 2020, incluindo 4.707 mortes.
A covid-19 provocou pelo menos 5.233.111 mortes em todo o mundo, entre mais de 263,61 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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