Estas 700 pessoas representam os 15 mil familiares de pessoas assassinadas, feridas ou que foram vítimas de extorsão por diversas organizações criminais em Itália.
O encontro terá lugar na tarde de sexta-feira na igreja de São Gregório VII, em Roma, e será presidida pelo presbítero italiano, Luigi Ciotti, conhecido pelo seu ativismo social e pela sua oposição à máfia, trabalho que lhe mereceu o reconhecimento com a grã-cruz de mérito da república italiana.
O papa presidirá a uma vigília de oração de uma hora e meia.
A iniciativa deverá funcionar como antecâmara da XIX Jornada da Memória e do Compromisso com as vítimas inocentes da máfia, convocada para a cidade italiana de Latina, no sábado, 22 de março, e na qual se espera a participação de milhares de pessoas em todo o país.
"A disponibilidade do papa para acompanhar os familiares nestes momentos dolorosos, mas também de esperança dão mostra da sua atenção e sensibilidade. Uma atenção a toda a humanidade frágil, ferida", afirmou Ciotti.
De igual modo, sublinhou que a participação do pontífice argentino no encontro mostra o seu interesse pelo "tema da máfia, corrupção e tantas formas de injustiça que negam a dignidade humana".
Será o primeiro ato contra a máfia em que participa o papa Francisco, no entanto o pontífice já aludiu em várias ocasiões à problemática das organizações criminais em Itália.
Em janeiro, o papa Francisco denunciou, durante uma oração do Angelus, o caso de uma criança de três anos que foi morta e queimada dentro de um carro juntamente com outras pessoas, num ajuste de contas entre membros da 'Ndrangueta", a máfia da Calábria do Sul.
Em Itália, a 21 de março, recordam-se as vítimas inocentes da máfia e, desde 1996, as principais manifestações são celebradas cada ano numa cidade diferente.