Uma delegação do Movimento Nacional para a Libertação do Azawad (MNLA), conduzida pelo seu líder político, Bilal Ag Acherif, reuniu-se com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Bogdanov, na última sexta-feira, em Moscovo, informou este grupo rebelde maliano, em comunicado.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali, Zahabi Ould Sidi Mohamed, disse à agência noticiosa AFP que convocou o embaixador Alexei Doulian, na segunda-feira, para que este lhe explicasse "os parâmetros da permanência de um grupo armado na Rússia".
O embaixador, revelou Sidi Mohamed, "insistiu que o seu país reconhece a integridade territorial do Mali e que a abordagem do seu país não é de qualquer forma um reconhecimento do MNLA".
Azawad é o nome que os tuaregues e as minorias árabes usam para designar o vasto território deserto do norte do Mali, onde estão concentrados.
O país, que une as regiões do Sara e abaixo do Sara, explodiu numa crise política e militar em 2012, quando o MNLA lançou uma rebelião reclamando o Azawad como um Estado independente.
Grupos islamitas ligados à Al-Qaida aproveitaram o caos, criado pela rebelião e um golpe de Estado na capital, para se apoderarem no norte do país e governá-lo com uma versão brutal da lei islâmica, até que a antiga potência colonial, a França, enviasse tropas para os expulsar, em janeiro de 2013.
O país restaurou a democracia, através da eleição do Presidente Ibrahim Boubacar Keita, mas o MNLA e outros grupos armados continuam a pretender a autonomia do norte.
Entretanto, o ministro da Defesa Nacional português, José Pedro Aguiar-Branco, anunciou hoje o reforço em 2014 do número de militares portugueses na missão da União Europeia no Mali, com mais um oficial da Força Aérea e quatro controladores aéreos.
A informação foi revelada na comissão parlamentar de Defesa Nacional.
Atualmente, no Mali está um oficial da Força Aérea em Bamako e seis militares portugueses - atiradores especiais - em missão de treino e formação dos militares malianos em Koulikoro.