Na segunda-feira, primeiro dia da presidência aberta de Armando Guebuza na província do Niassa, Filipe Nyusi, ex-ministro da Defesa e candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) às presidenciais de outubro, subiu ao palco para expressar diversas promessas eleitorais.
Jornais de Maputo, como O País e Canal de Moçambique, criticaram a situação, acusando o candidato de fazer campanha "fora de tempo" e "à custa do Orçamento do Estado".
Hoje, citado pelo diário O País, o porta-voz da Frelimo, Damião José, considerou a presença de Nyusi "normal", mas aumentou a polémica ao associar os dois cargos de Guebuza a uma presidência aberta realizada por um chefe de Estado.
"É sempre normal o camarada Guebuza ter consigo convidados durante as presidências abertas. Não podemos esquecer que o camarada Guebuza é presidente da Frelimo e da República de Moçambique", disse Damião José.
O porta-voz disse discordar da interpretação que o candidato da Frelimo fez campanha eleitoral no comício do Niassa, afirmando que é uma situação "que acontece em qualquer parte do mundo".
Armando Guebuza está constitucionalmente impedido de concorrer a um terceiro mandato, tendo, em final de fevereiro, o comité central da Frelimo nomeado Filipe Nyusi como candidato à sua sucessão nas presidenciais de outubro.