"Até hoje de manhã, foram detetados seis casos, cinco dos quais já resultaram em morte: quatro mulheres e uma criança do sexo masculino", indica, em comunicado, o ministro da Saúde, Walter Gwenigale, precisando que o sexto caso é o de uma menina que está "em tratamento".
Estas pessoas, cujas nacionalidades não foram especificadas, chegaram à Libéria provenientes do sul da Guiné-Conacri para receber tratamento nos hospitais do norte daquele país, na região de Lofa, perto da fronteira, segundo o ministro.
Gwenigale acrescentou que inspetores da saúde liberianos se encontram nessa região desde sexta-feira e que "estão a investigar a situação, a reconstituir os contactos (nos casos suspeitos), a fazerem rastreios sanguíneos e a sensibilizar as autoridades sanitárias para a doença".
Em Conacri, o ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) indicaram, em comunicado, que "a Guiné registou entre o mês de janeiro e 23 de março um número total de 87 casos suspeitos de febre hemorrágica viral, dos quais 61 morreram", sobretudo no sul do país.
As primeiras análises a amostras recolhidas, efetuadas no Instituto Pasteur de Lyon, em França, mostraram que esses casos de febre no sul da Guiné-Conacri se deveram ao vírus Ébola, que provoca uma febre altamente contagiosa, vómitos e diarreia que matam a maioria das vítimas.
Não existe qualquer tratamento para curar esta febre e só medidas preventivas podem impedir a sua propagação, e é nisso que estão agora a trabalhar ativamente as autoridades da Guiné-Conacri, a Cruz Vermelha local e as organizações internacionais especializadas: OMS, UNICEF e as secções belga e suíça dos Médicos Sem Fronteiras.