"A Venezuela é um exemplo de como erradicar a fome e a pobreza na região. Implementou de maneira sistemática medidas, a curto e longo prazo, tão fundamentais que têm que ver não apenas com colocar um prato de alimentos na mesa, mas fazê-lo de maneira sustentável", disse o diretor da FAO para a América Latina e Caraíbas.
Raul Benítez falava em Caracas, no âmbito de uma reunião de membros da Petrocaraíbas (aliança petrolífera de vários países com a Venezuela) para debater um plano de ação centrado em erradicar a fome no continente americano.
Segundo aquele responsável, os esforços venezuelanos são "um exemplo de solidariedade, esforço e focalização de como se tem que fazer as coisas".
"Isto chama-se segurança alimentar, é um esforço importante que tem feito o Governo da Venezuela, nos últimos anos, mas o mais destacável é esse foco de 'Pátria Grande' (união de países da América Latina e Caraíbas)", sublinhou.
No seu entender, "dizer que este é um problema nosso, assim como de toda a região, é um foco que tem poucos antecedentes a nível mundial e se tivéssemos atuado como atua a Venezuela com o resto dos países o problema da fome estaria solucionado".
"Infelizmente na região ainda temos 40 milhões de pessoas com fome e, ainda que a América Latina e as Caraíbas sejam a região do planeta que mais avançou na luta contra a fome, o único número que podemos aceitar é zero, que não existam pessoas com fome", destacou.
Raul Benítez instou os governos da região a "aprofundar e assegurar todos estes processos" para "enriquecer os grupos mais vulneráveis das nossas sociedades com programas de assistência direta, mas em paralelo implementar medidas que possam superar o problema da pobreza".