ONU pede que não se politize morte de Kumba Yalá

O representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, apelou hoje para que não haja nenhum aproveitamento político da morte do ex-Presidente Kumba Ialá, provocada por uma crise cardíaca.

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Lusa
04/04/2014 13:48 ‧ 04/04/2014 por Lusa

Mundo

Ramos-Horta

"É preferível que ninguém politize a morte de Kumba", referiu hoje aos jornalistas.

Ramos-Horta falava em reação às palavras do médico particular e sobrinho do ex-presidente, que o acompanhou na última noite.

Martinho Nhanca referiu hoje que Kumba "pediu para ser sepultado só depois da vitória de Nuno Gomes Nabian", candidato presidencial que apoiava na campanha para as eleições gerais de 13 de abril.

Questionado sobre a possibilidade de Nabian não vencer, o médico foi perentório: "vai ganhar. Morre o Kumba Ialá, outro Kumba Ialá está de pé".

Da mesma forma, Martinho Nhanca remeteu para depois das eleições quaisquer esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte: "só falo depois da vitória de Nuno Nabian", referiu aos jornalistas à porta de casa do ex-presidente, no Bairro Internacional, em Bissau.

José Ramos-Horta refere que cabe às autoridades de saúde prestarem informação sobre o falecimento que terá sido provocado "por um ataque de coração".

Por outro lado, "os vivos devem continuar a fazer a campanha eleitoral, sabendo sempre que é vital que as eleições decorram em total tranquilidade", referiu.

"A melhor forma de todos, sobretudo os seus apoiantes, honrarem a sua memória, é respeitarem todo este processo eleitoral e contribuírem para que o processo que tem estado a correr tão bem possa continuar assim", concluiu.

O ex-presidente da Guiné-Bissau morreu hoje, aos 61 anos, devido uma crise cardíaca, contaram os familiares aos jornalistas à porta da residência de Kumba.

O corpo encontra-se na morgue no Hospital Militar de Bissau, em instalações guardadas por militares.

 

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