Ex-ministro e estreante decidem presidenciais na Guiné-Bissau

A segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, marcada para 18 de maio, vai ser disputada por um antigo ministro do PAIGC e um político estreante apoiado pelo ex-Presidente Kumba Ialá.

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Lusa
17/04/2014 07:39 ‧ 17/04/2014 por Lusa

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Eleições

De acordo com os resultados provisórios da votação de domingo, José Mário Vaz (conhecido como Jomav), ex-ministro das Finanças do Governo deposto pelo golpe militar de abril de 2012, venceu com 40,98%, abaixo dos 50% necessários para ganhar à primeira volta.

Nuno Nabian, presidente do Conselho de Administração da Agência da Aviação Civil, estreou-se na política e arrecadou 25,14% dos votos de domingo, que lhe valem o passaporte para a segunda ronda.

Nabian não era apoiado pelo principal partido da oposição, o Partido da Renovação Social (PRS), mas as bandeiras daquela força política eram das que mais se viam nos seus comícios.

O candidato foi apoiado por Kumba Ialá, antigo Presidente da Guiné-Bissau e fundador do PRS, que faleceu, vítima de doença, durante a campanha eleitoral.

No comício com que encerrou a campanha eleitoral, defendeu a paz, estabilidade e unidade nacional como prioridades para o país, apontando a juventude da Guiné-Bissau como "a razão de concorrer à presidência".

"Eu também sou um jovem em busca de soluções para o país", referiu, antes de responder a uma das questões que foram colocadas aos candidatos ao longo da campanha: como fazer a reforma das forças armadas?

Para Nabian, não basta mexer nos militares, "tem que se reformar o Estado de uma forma geral".

Num país massacrado por golpes de estado, o antigo ministro das Finanças Mário Vaz também prometeu no encerramento da campanha eleitoral para a primeira volta zelar pela estabilidade e tornar os militares guineenses respeitados no país e no exterior.

Em tempo de paz, espera contar com as forças armadas para "ajudar a construir" as infraestruturas básicas do país.

Os resultados provisórios foram anunciados ao início da noite de quarta-feira por Augusto Mendes, presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), numa cerimónia num hotel de Bissau sob um forte dispositivo de segurança, com militares armados em todo recinto.

O ato eleitoral decorreu no domingo e estão ainda por apurar os votos da diáspora, correspondentes a 22.312 eleitores - dados que segundo Augusto Mendes serão divulgados dentro de 48 horas.

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