O parlamento espanhol rejeitou, a 08 de abril, por larga maioria a proposta de referendo sobre a independência da Catalunha que o governo regional pretende realizar, mas hoje Mas garantiu que pretende avançar com a votação.
"O referendo será realizado, de certeza, e o povo catalão será chamado às urnas no dia 09 de novembro", afirmou o governante regional, num encontro com jornalistas correspondentes estrangeiros, no dia em que a região celebra o dia do seu patrono, Sant Jordi.
"Pode o governo central querer cancelá-lo? Não sei. Isso não depende de mim", disse Mas.
O referendo pretende questionar os eleitores sobre se consideram que a Catalunha deverá ser um Estado e, em caso afirmativo, se esse estado deve ser independente.
Muitos catalães tomam como exemplo o caso da Escócia, cujos líderes convocaram um referendo para setembro sobre a independência, um ato autorizado pelo governo britânico.
Em Espanha, no entanto, o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, prometeu bloquear o referendo.
Com o governo central e principais partidos -- Partido Popular, no poder, e o Partido Socialista, o principal partido da oposição -- contra a realização da auscultação popular, o parlamento espanhol rejeitou a pretensão da Catalunha com 299 votos contra e apenas 47 a favor.
Apesar disso, o governo catalão prometeu procurar outros "quadros legais" para organizar a consulta, nomeadamente aprovando uma lei regional autorizando-o a conduzir um referendo consultivo.
Mas apelou ao governo espanhol para que não bloqueie a iniciativa, que prometeu realizar desde que venceu as eleições regionais em novembro de 2012.
"Pedimos que não obstrua um processo que será estritamente catalão, com uma lei catalã aprovada pelo parlamento catalão", acrescentou.