Apresentando-a como exemplo dos profissionais da imprensa alvo de violência, o MISA-Angola "conclama das autoridades angolanas um esclarecimento sobre o desaparecimento da jornalista", face às "consequências nefastas" que a falta de informações causa à imagem do país.
Ana Emília Pereira, conhecida por Milocas Pereira, desapareceu em julho de 2012 em Luanda e as autoridades angolanas continuam sem dar qualquer informação quer sobre o seu paradeiro, quer sobre eventuais investigações que estejam a ser feitas para esclarecer o desaparecimento.
A Liga Guineense dos Direitos do Homem (LGDH) escreveu em março passado uma carta aberta ao Procurador-Geral da República angolano, João Maria de Sousa, a pedir a abertura de "inquéritos urgentes, transparentes e conclusivos" sobre o desaparecimento da jornalista Milocas Pereira e da morte de outros dois cidadãos guineenses.
Na sua declaração, intitulada "Recordando Milocas Pereira", o MISA-Angola desafia as autoridades angolanas a encontrarem os mecanismos jurídicos e económicos que garantam o "desempenho justo da imprensa em Angola, hoje tomada pelo monopólio, marcada pela autocensura dos profissionais e ausência do contraditório".
"O MISA-Angola felicita todos aqueles que mesmo na adversidade mantêm a sua verticalidade", conclui a declaração.