Timor-Leste lamenta dificuldade da CPLP em criar fundo de contingência

O presidente do parlamento de Timor-Leste, Vicente Guterres lamentou hoje a incapacidade da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) de criar uma "plataforma financeira" destinada a ajuda mútua em casos de crise financeira.

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Lusa
05/05/2014 22:40 ‧ 05/05/2014 por Lusa

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"Somos mais fortes se atuarmos em conjunto, por isso não entendemos porque é que no seio da CPLP ainda não foi criada uma plataforma na qual todos nós tenhamos que partilhar o que temos para ajudar os que comungam o bem", disse Vicente Guterres ao discursar numa sessão parlamentar em São Tomé.

"Referimos por exemplo o estabelecimento de recursos de contingência a que possamos recorrer em situações de emergência, sem que tenhamos de ficar dependentes de empréstimos agiotas que comprometem e hipotecam o futuro das nossas gerações", acrescentou.

"O sistema de ajuda internacional criada no seguimento do fim da segunda guerra mundial está caduco e desatualizado", sublinhou o presidente do parlamento timorense, que visita São Tomé e Príncipe a convite do seu homólogo, Alcino Pinto.

Vicente Guterres anunciou "para breve" uma visita do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, a São Tomé e Príncipe.

Alcino Pinto considerou que a visita do seu homólogo de Timor Leste confirma a qualidade das relações entre São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

O presidente da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe considerou ainda que a visita do presidente do parlamento timorense "ajuda a ampliar os vínculos institucionais, culturais, comerciais, bem como outros vínculos através de uma agenda positiva, unindo de forma efetiva as nossas instituições, os nossos dois povos e países".

"Precisamos intensificar o diálogo ao mais alto nível político, mormente acertos em matéria de diplomacia parlamentar", disse Alcino Pinto que apontou a necessidade da criação de "grupos de amizade, organizações de jornadas parlamentares, culturais, cientificas" para melhorar o conhecimento mútuo das realidades dos dois países.

Alcino Pinto manifestou-se ainda preocupado com a situação em alguns países da sub-região, particularmente na Republica Centro Africana, cuja crise "pela sua dimensão e implicação é uma ameaça à paz e segurança da sub-região".

 

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