Entrada de filho de Biden em empresa ucraniana gera polémica

O filho mais novo do vice-presidente dos Estados Unidos, Hunter Biden, entrou esta semana para a administração da Burisma Holdings, a maior empresa privada de petróleo e gás da Ucrânia, conta hoje o Diário Económico. Uma decisão que está a provocar polémica em Washington que, por sua vez, tem tido um papel ativo na mediação diplomática da crise ucraniana.

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Notícias Ao Minuto
15/05/2014 15:55 ‧ 15/05/2014 por Notícias Ao Minuto

Mundo

Diplomacia

“Acredito que a minha experiência em assuntos de transparência, ‘corporate governance’, expansão internacional e outras prioridades vai contribuir para a economia do país e beneficiar o povo ucraniano”, declarou Hunter Biden, 44 anos, após tomar posse com administrador da área legal da Burisma, maior empresa privada ucraniana de petróleo e gás.

Acontece que Hunter Biden é o filho mais novo do vice-presidente norte-americano, Joe Biden. Um facto que está já a gerar polémica nos Estados Unidos, visto que Hunter vai ocupar um cargo numa empresa controlada até ao início da crise na Ucrânia por um antigo responsável do governo do presidente Viktor Yanukovych.

O Diário Económico lembra que Washington é um dos protagonistas na mediação diplomática desta crise, tendo, aliás, adotado uma postura sancionatória face à Rússia, que responsabiliza pela instabilidade no leste da Ucrânia.

“Burisma procura o talento norte-americano – dinheiro e reconhecimento – como proteção contra a Rússia”, destaca a imprensa norte-americana, acrescentando que “a explicação que mais perturba é que a empresa esteja a tentar favores do governo dos EUA ao contratar familiares”.

A Burisma, com sede legal em Chipre, contratou também recentemente para administrador Devon Archer, um antigo conselheiro do atual secretário de Estado dos EUA, John Kerry, refere o Diário Económico.

Da parte da Casa Branca, um porta-voz afirmou que a nomeação de “um cidadão privado” para uma empresa ucraniana “não significa qualquer apoio da administração [Obama]. Joe Biden foi o homem da Casa Branca durante a crise ucraniana, enviado para as antigas repúblicas soviéticas. Agora não é o único Biden envolvido na região”. 

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