Grupo armado Boko Haram mata uma pessoa e rapta outras dez

O grupo radical islamita Boko Haram matou uma pessoa e raptou outras dez nos Camarões, aumentando a pressão sobre os líderes reunidos hoje numa cimeira em Paris para definir uma estratégia contra aquele grupo terrorista.

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Lusa
17/05/2014 14:08 ‧ 17/05/2014 por Lusa

Mundo

Camarões

Militantes do grupo invadiram ao fim do dia de sexta-feira um acampamento usado por trabalhadores chineses da construção rodoviária no norte dos Camarões, um mês depois de provocarem indignação global ao raptar mais de 200 raparigas.

"Os militantes do Boko Haram estavam fortemente armados, chegaram em cinco veículos," disse uma fonte das autoridades em Waza, uma localidade próxima de onde ocorreu o ataque, sob anonimato.

A mesma fonte explicou que o campo costuma estar vigiado por soldados do batalhão de intervenção rápida dos Camarões, mas muitos dos militares estavam na altura em Yaoundé para participar numa parada militar do Dia Nacional, a 20 de maio.

"Os soldados retaliaram e os combates duraram até às 3:00" de hoje (mesma hora em Lisboa), disse um chede da polícia local, acrescentando que um trabalhador chinês foi morto e outros 10 terão sido raptados.

A notícia do ataque surge numa altura em que líderes europeus e da África ocidental se encontram em Paris para uma cimeira especial que visa aumentar a ação contra a ameaça cada vez mais regional que coloca o Boko Haram.

Na reunião, o ministro britânico dos Assuntos Exteriores, William Hague, pediu hoje à união dos países da África Ocidental para derrotarem o Boko Haram.

Em declarações aos media britânicos, Hague qualificou o sequestro das 200 raparigas de "terrível" e disse que os seguidores do Boko Haram "continuam quase diariamente a cometer ataques terroristas e outras atrocidades, pelo que têm de ser derrotados".

Na reunião de Paris, presidida pelo presidente francês, François Hollande, participam os líderes da Nigéria, Camarões, Chade, Níger e Benim, assim como representantes da França, Reino Unido, Estados Unidos e da União Europeia.

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