"Das informações que nos têm chegado, desde antes da abertura das urnas, nas regiões onde temos elementos e observadores, tudo está calmo com milhares de pessoas a caminharem até ao centro da votação", referiu.
Ramos-Horta falava junto a mesas de voto no centro da capital, Bissau, onde acompanhou a abertura da votação.
"Além de rumores e alegações de intimidação, de pequena monta e sem sequer confirmação", nada mais há a assinalar, acrescentou.
O representante das Nações Unidas disse ter conversado no sábado com o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general António Indjai, que lhe terá garantido que os militares "estão a observar com total isenção e naturalidade" o processo eleitoral.
Há dois anos, um golpe de Estado militar interrompeu o processo eleitoral, mas desta vez, as forças armadas "vão acolher quem for eleito e esperam que esta segunda volta seja ainda mais civilizada que a primeira", disse José Ramos-Horta.
"Não há receios por parte de seja quem for, todos vão aceitar os resultados", sublinhou.
José Mário Vaz, apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), candidato mais votado na primeira volta, e Nuno Nabian, apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS), principal partido da oposição, são os dois candidatos nas eleições presidenciais de hoje.