A proclamação da República, em 1931, levou ao exílio Afonso XIII que em Roma e pouco antes de falecer, em 1941, abdicou para o seu terceiro filho, Juan de Borbón.
O conde de Barcelona nunca chegou a reinar e em 1977 apresentou oficialmente a renúncia aos seus direitos ao trono, cedendo o cargo ao rei Juan Carlos que já era chefe de Estado desde 1975.
Quase sete décadas antes, Afonso XIII, Amadeo I de Saboya - primeiro monarca eleito pelas Cortes - abdicou em 1873 depois de três anos de reinado e devido à instabilidade política.
O caso anterior foi o de Isabel II a quem a revolução de 1868 forçou ao exílio em França, acabando dois anos depois, em Paris, por abdicar em favor do seu filho Afonso XII.
No início do século, em 1808, Carlos IV entregou a coroa a seu filho Fernando VII, que, em seguida a devolveu ao pai, que por sua vez a deu a Napoleão e este, finalmente, ao seu irmão Joseph.
O primeiro Borbón, Filipe V, abdicou a 10 de janeiro de 1724 para o seu filho Luís I, que morreu de doença, oito meses depois, forçando o pai a voltar ao trono até à sua morte em 1746.
Durante a Casa das Astúrias, o rei Carlos V cedeu os seus direitos dinásticos como rei de Espanha em 1556 em favor de seu filho Filipe II, e como imperador, em favor de seu irmão, Fernando I de Habsburgo.
Hoje Juan Carlos de Borbón y Borbón manifestou a sua vontade de entregar a coroa ao filho, depois de um reinado de 39 anos, um dos mais longos da história, que começou na sua proclamação a 22 de novembro de 1975.
Juan Carlos nasceu em Roma a 05 de janeiro de 1938, filho de Juan de Borbón y Battenberg e de María de las Mercedes de Borbón y Orleáns.
Aos três anos, tornou-se herdeiro da família real espanhola depois de o seu avô ter abdicado para o seu filho, Juan Carlos.