Esta é uma das conclusões da reunião das Comissões Nacionais de Luta contra Armas Ligeiras, que terminou ao fim da tarde de quarta-feira na Cidade da Praia, e que analisou as atividades em curso e a implementação da Convenção da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) sobre Armas Ligeiras.
Em declarações aos jornalistas, André Paulo Nhanca, porta-voz e secretário permanente da Comissão Nacional da Guiné-Bissau, destacou o consenso alcançado entre as comissões nacionais sobre a matéria e espera que, até ao final do ano, o documento seja ratificado pelos parlamentos de todos os 15 países.
Até este momento, apenas Nigéria, Mali e Burquina Faso o fizerem.
"Foi lançado um apelo a cada uma das delegações dos países da CEDEAO a fim de redobrarem esforços para podermos ratificar o tratado sobre armas ligeiras e de pequeno calibre e fazer com que a sua implementação seja uma realidade ainda este ano", prosseguiu o porta-voz da reunião.
André Paulo Nhanca assegurou que, quanto mais rápido os países ratificarem o documento, mais depressa terão acesso aos fundos reservados para o combate à proliferação de armas ligeiras, flagelo que continua a ser uma grande preocupação na sub-região africana, onde Cabo Verde se insere.
Por isso, o responsável guineense desafiou a sociedade civil a participar no processo, uma vez que os Estados enfrentam dificuldades técnicas e financeiras.
"O Estado, sozinho, não consegue combater o flagelo", frisou Nhanca, dando conta que a CEDEAO vai aproveitar a experiência de Cabo Verde na base de dados sobre armas ligeiras para poder melhorar o trabalho nos restantes países.
Além de Cabo Verde, a reunião contou com a presença de representantes da Guiné-Bissau, Benim, Burquina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.