Foram agraciados por Ramos-Horta o presidente de transição, Serifo Nhamadjo, o primeiro-ministro, Rui de Barros, o ministro da Administração do Território, Batista Té e o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Augusto Mendes.
Os responsáveis militares e da polícia que garantiram a segurança durante as eleições também receberam diplomas de mérito, nomeadamente agentes guineenses e das Nações Unidas, entre os quais um polícia português.
Naquilo que diz ser um dos seus últimos atos oficiais enquanto representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Ramos-Horta frisou que a cerimónia de hoje representou "um agradecimento" àqueles que contribuíram para o retorno à ordem constitucional no país.
Ramos-Horta afirma poder dizer ter cumprido a sua missão na Guiné-Bissau "graças à liderança dos irmãos guineenses", designadamente Serifo Nhamadjo e Rui de Barros pelo papel que tiveram na organização das eleições.
Destacou igualmente a "contribuição solidária" de Timor-Leste, da Nigéria e da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), mas também enalteceu o papel desempenhado pela ONU, União Africana, Comunidade de Países de Língua Portuguesa e outras organizações internacionais.
O presidente de transição, Serifo Nhamadjo agradeceu o gesto de Ramos-Horta, mas observou que toda sua ação "era uma obrigação nacionalista" enquanto guineense que liderou "um governo inconstitucional que trouxe a constitucionalidade" ao país.
Nhamadjo destacou também o papel de "bombeiro" desempenhado por Ramos-Horta, frisando ser determinante para a realização das eleições "que agora todos elogiam".
O presidente de transição disse ser meritório o reconhecimento da ONU, lembrando que nas quatro vezes que a Guiné-Bissau viveu períodos semelhantes, este foi o único sancionado pela comunidade internacional.
Na sequência do golpe de Estado militar de abril de 2012, quase toda a comunidade internacional rejeitou reconhecer legitimidade às autoridades de transição que geriram o país durante dois anos.