"Para Portugal é uma honra. É uma prova da amizade que há entre os dois países", sublinhou o governante.
No primeiro dia de visita à Guiné-Bissau, Luís Campos Ferreira destacou em vários momentos o interesse em apoiar o país, agora que regressa à ordem constitucional com a posse de órgãos eleitos que substituem os que foram nomeados depois do golpe de Estado militar de 2012.
Cipriano Cassamá foi hoje escolhido para presidir à Assembleia Nacional Popular (ANP) na primeira sessão do órgão, recolhendo 94 votos entre os 99 deputados presentes - de um total de 102 eleitos.
O presidente proposto pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) acabou por receber mais votos que os 57 da sua força política.
Para Luís Campos Ferreira, isso é sinal de que "os representantes do povo nesta assembleia querem paz" e querem que o parlamento seja "um espaço plural onde se geram consensos, que faça parte da solução e não do problema".
No encontro com Cipriano Cassamá foram analisados alguns aspetos em que a ANP poderá usufruir do apoio do Governo e da Assembleia da República portuguesa, explicou o governante português.
Em perspetiva estão ações de cooperação "para que a ANP seja mais moderna, mais próxima das pessoas, mais produtiva e mais capaz".
"Todos temos a aprender uns com os outros: temos algumas coisas para apoiar a Guiné-Bissau", mas o país "também tem muito para apoiar Portugal. É nisso que vamos trabalhar em conjunto", acrescentou.
Luís Campos Ferreira acredita que "está aberto um novo capítulo" na Guiné-Bissau com o retorno à ordem constitucional, capítulo que "não mais será fechado, porque o povo guineense não vai permitir que isso aconteça", concluiu.