"Respeitamos as instituições europeias e o espírito das eleições e o partido com mais votos pode propor o seu candidato, neste caso Junker", disse o presidente francês, François Hollande, no final da reunião.
À reunião assistiram, além do presidente francês, os chefes do Governo de Itália, Bélgica, Roménia, Dinamarca, Eslováquia, Malta e República Checa, assim como o chanceler austríaco.
O presidente francês assinalou que a designação do ex-primeiro-ministro luxemburguês deve inserir-se na renovação completa das instituições europeias, que incluem também o presidente do Conselho Europeu e do Parlamento Europeu.
Hollande revelou ainda que o posto de Catherine Ashton à frente do Comercio Externo será também "renovado".
Os líderes justificaram o apoio ao candidato conservador Jean-Claude Juncker, dada a "ampla vitória" do PPE nas eleições europeias de maio último.
Hollande assinalou que a batalha dos próximos dias será a de "escolher boas pessoas para os bons lugares e levar a cabo boas políticas".
Os líderes hoje reunidos em Paris reclamaram ainda que Hollande proponha no Conselho Europeu agendado para 26 e 27 deste mês uma flexibilidade do pacto de estabilidade, favorecendo o emprego jovem e medidas favoráveis na área energética.
O presidente francês reconheceu que a flexibilidade do pacto de estabilidade é exigida por muitos países para que o seu cumprimento não entorpeça o crescimento económico.
Hollande descartou a possibilidade de renegociação do pacto, admitindo contudo a introdução de mecanismos para o aligeirar em vários países e apoiou a proposta italiana de que não se tenha em conta certos gastos estruturais no cálculo do défice.