O grupo terrorista realizou este novo sequestro, durante uma série de ataques entre 19 e 22 de junho no estado de Borno, norte da Nigéria, em que quatro pessoas morreram quando tentavem fugir.
O sequestro deu-se na área de Damboa, a 150 quilómetros da capital de Borno, Maidaguri, disse ao jornal local 'Leadership' um representante do governo local que quis manter o anonimato.
Um porta-voz das patrulhas de países que fazem fronteira com o estado de Borno e que têm ajudado forças nigerianas nas zonas mais isoladas do estado referiu que entre os sequestrados estão "mais de 60 mulheres casadas e jovens raparigas" e "31 homens jovens".
O porta-voz da polícia de Borno, Gideon Jubrin, assegurou não ter recebido nenhuma informação sobre o sequestro.
Em 14 de abril o Boko Haram sequestrou mais de 200 raparigas da escola de Chibok, também no estado de Borno, a maioria das quais continua com paradeiro desconhecido.
O Boko Haram, que nas línguas locais significa "a educação ocidental é um pecado", luta pelo estabelecimento de um estado islâmico na Nigéria, um país em que o norte é maioritariamente muçulmano e o sul predominantemente cristão.
O grupo terrorista já assassinou mais de 12.000 pessoas e feriu outras 8.000 nos últimos cinco anos, segundo as autoridades nigerianas.
Desde que a polícia matou em 2009 o então líder do Boko Haram, Mohammed Yusuf, que os radicais mantêm uma sangrenta campanha que se tem intensificado nos últimos meses.
Com 170 milhões de habitantes distribuídos por mais de 200 grupos tribais, a Nigéria é o país mais populoso de África e vive em permanente tensão devido a profundas diferenças politicas, religiosas e territoriais.