Segundo maior mercado de comércio ilegal de marfim é em Angola

Angola tem o segundo maior mercado de comércio ilegal de marfim a retalho em África, depois de Lagos, na Nigéria, acusou a Organização Não Governamental (ONG) 'Save The Elephants' num comunicado divulgado hoje.

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Lusa
03/07/2014 14:14 ‧ 03/07/2014 por Lusa

Mundo

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A ONG diz que um estudo sobre o comércio ilegal de marfim de elefantes africanos realizado pelos investigadores Esmond Martin e Lucy Vigne - que estão a produzir um relatório detalhado sobre a informação recolhida - indica que Lagos e Luanda são os principais centros de "comércio ilegal de retalho" de marfim.

"Em Lagos há mais peças de marfim à venda, mas o comércio é mais dissimulado, com os vendedores mais conscientes das regras e mais receosos, enquanto os vendedores em Luanda têm muito pouca preocupação sobre a possibilidade de serem apanhados a vender marfim ilegal", diz a 'Save The Elephants' no comunicado.

A ONG alerta também para o facto de o preço do marfim proveniente de elefantes mortos por caçadores furtivos em África ter quase triplicado nos últimos quatro anos no principal mercado mundial, a China.

"O aumento do preço do marfim implica uma vaga de abates de elefantes no continente africano que não dá sinais de abrandar", advertiu a organização ecologista com sede no Quénia.

Segundo a ONG, o preço de venda do marfim em bruto na China era cerca de 750 dólares (550 euros) em 2010 e passou para 2.100 dólares (1.540 euros) em 2014.

A 'Save The Elephants' estima que perto de 33.000 elefantes tenham sido mortos por caçadores furtivos entre 2010 e 2012.

"Sem ação internacional concertada para reduzir a procura de marfim, as medidas para diminuir o número de elefantes mortos não surtirão efeito", declarou o fundador da ONG, Iain Douglas-Hamilton, no comunicado, afirmando que "a China detém a chave do futuro do elefante africano".

Apesar de uma ligeira redução do número de elefantes mortos este ano por caçadores furtivos, a sobrevivência em África do maior mamífero terrestre continua ameaçada, segundo informação da dados da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES).

No início do século XX, existiam 20 milhões de elefantes em África, número que caiu para 1,2 milhões em 1980, caindo de novo para os atuais 500.000, apesar de o comércio de marfim ter sido proibido pela CITES em 1989.

 

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