De Franssu, de 51 anos, vai dirigir, a partir de agora, o conselho de fiscalização do IOR, conhecido como banco do Vaticano, em substituição do advogado alemão Ernst von Freyberg, nomeado por Bento XVI em fevereiro de 2013.
O empresário, que até aqui dirigia em Bruxelas uma empresa de aconselhamento em fusões e aquisições, "Incipit" (do latim começar), "vai assumir hoje o cargo de novo presidente do IOR. Von Freyberg aceitou efetuar um período de transição para permitir uma transmissão adequada de recomendações", indicou o Vaticano.
Esta mudança na direção do IOR, cujos últimos anos foram marcados por vários escândalos financeiros, marca a segunda fase da reforma institucional, decidida pelo papa Francisco, para conseguir maior transparência.
De acordo com o Vaticano, o IOR está atualmente numa "fase de transição tranquila" e com a direção de Von Freyberg atravessou uma primeira etapa que já terminou com "um excelente progresso", que resultou em "maior transparência".
Em comunicado, o cardeal George Pell, prefeito da secretaria da Economia, declarou que "existem muitos desafios e trabalho futuro", garantindo que o papa Francisco "deixou claro que as mudanças devem ser feitas de forma diligente".
Além das alterações no IOR, o Vaticano anunciou reformas que afetam o fundo de pensões do Estado, a organização do serviço de imprensa e meios de comunicação e a Administração do Património da Sé Apostólica (APSA).
O fim da primeira fase da reforma do IOR foi anunciada na terça-feira com a divulgação das contas de 2013 e de uma "análise sistemática de todos os registos de clientes para identificar a informação perdida ou insuficiente".
Da análise resultou o bloqueio de 1.329 contas individuais e de 762 de instituições.
A reforma do banco do Vaticano é uma das prioridades do papa Francisco.