"Expressamos preocupação pelo brusco agravamento da situação na zona de conflito de Nagorno Karabakh, que já causou consideráveis baixas", declarou Maria Zaharova, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo a agências de notícias locais.
Moscovo considerou que "uma maior escalada é inadmissível", considerando o ocorrido "uma grave violação dos acordo de cessar-fogo e das declarações de intenção de resolver o conflito por meio político".
"Apelamos a todos os envolvidos no conflito que mostrem contenção, renunciem ao uso da força e tomem medidas urgentes para estabilizar a situação", assinalou.
Em 2010, a Rússia assinou um acordo com a Arménia para prorrogar até 2014 a permanência da sua base militar naquele país do Cáucaso, ao mesmo tempo que se comprometeu a garantir a segurança do território, vizinho da Turquia e Irão, de ameaças externas.
Azerbaijão e Arménia acusam-se mutuamente nos últimos dias de ataques e incursões em Nagorno Karabakh, cuja linha fronteiriça é uma das mais instáveis do mundo.
O conflito remonta aos tempos da antiga União Soviética, quando Nagorno Karabakh - território do Azerbaijão, mas povoado maioritariamente por arménios - pediu a incorporação à vizinha Arménia, seguindo-se uma guerra sangrenta que causou 25 mil mortos.
As tropas dos dois países ocupam todo o enclave e outros sete distritos, que se uniram à Arménia, e criaram uma "faixa de segurança", que representa um terço do território do Azerbaijão.