Bissau, 25 ago (Lusa) - A ministra da Defesa da Guiné-Bissau, Cadi Seidi, disse hoje à Agência Lusa que os militares do país "estão orientados" no sentido de doarem sangue aos hospitais públicos no âmbito da prevenção do vírus do ébola.
A ministra falou à Lusa para proceder a um balanço de um périplo que realizou no último fim-de-semana com dois outros ministros (Saúde e Administração Interna) às zonas das fronteiras da Guiné-Bissau com a Guiné-Conacri para constatar se as medidas preconizadas pelo Governo guineense estão a ser cumpridas.
Como forma de evitar que o vírus do Ébola entre na Guiné-Bissau, o Governo decidiu na semana passada encerrar todos os postos de fronteira com a Guiné-Conacri, país onde a doença já causou várias vítimas mortais.
Além de doação de sangue - que já foi feita também pelos membros do Governo, incluindo o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira - os militares guineenses também "estão sensibilizados" para ações de "higiene pessoal".
"Lavar as mãos com água, sabão e lixivia. É isso que estão a praticar em todas as unidades militares", explicou a ministra da Defesa, adiantando que o próprio Estado-Maior General das Forças Armadas tem orientações no sentido de ordenar a limpeza geral em todas as unidades.
Sobre a medida decretada pelo Governo de encerrar as fronteiras com a Guiné-Conacri, Cadi Seidi diz que tem sido respeitada e que os militares estão prontos para "prestar ajuda" aos elementos da Guarda Nacional, afetos ao Ministério da Administração Interna, em caso de necessidade.
É a Guarda Nacional que vigia as fronteiras guineenses.