Cerca de 600 soldados da 1.ª brigada da 1.ª divisão de cavalaria vão estar destacados em outubro na Polónia e nos países do Báltico para exercícios com membros da Aliança Atlântica, em substituição dos paraquedistas da 173.ª brigada aero-transportada, precisou uma porta-voz do Departamento de Defesa (Pentágono), a tenente-coronel Vanessa Hillman.
"Trata-se de uma rotação de três meses", acrescentou a porta-voz.
Os exercícios vão estar concentrados em pequenas unidades e formação de liderança.
Contrariamente às unidades que vão ser substituídas, os soldados desta brigada, apelidada de 'Iron Horse' (Cavalo de Ferro, em português) com base em Fort Hood no Texas (sul), estarão no terreno com tanques M-1 Abrams e veículos de infantaria.
Washington organizou um conjunto de exercícios militares nesta região para tentar tranquilizar os aliados face ao apoio da Rússia aos movimentos separatistas na Ucrânia.
Os Estados Unidos também enviaram caças F-16 para a Polónia e participaram em missões conjuntas de patrulhamento do espaço aéreo dos Estados bálticos.
De acordo com a Aliança Atlântica, pelo menos mil soldados russos estão atualmente no terreno a apoiar os separatistas que combatem as forças governamentais da Ucrânia desde abril.
O Ministério da Defesa russo já negou tais informações, afirmando que estas acusações "não têm qualquer relação com a realidade".
Kiev disse hoje que tropas russas controlam desde quarta-feira a cidade de Novoazovsk e uma série de povoações ucranianas ao longo de cem quilómetros, junto à fronteira.
De acordo com as Forças Armadas da Ucrânia, um batalhão russo instalou mesmo um posto de comando na mesma área do leste do país.
Uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para debater a crise na Ucrânia, solicitada pela Lituânia, realiza-se hoje na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.
A NATO convocou hoje uma reunião de urgência, ao nível de embaixadores, para sexta-feira de manhã para discutir a crise ucraniana.
Responsáveis da organização transatlântica já afirmaram que, à luz do conflito ucraniano, a Aliança Atlântica deve rever a sua estratégia e o destacamento de forças.